Condomínios de luxo investem no controle da transmissão sonora

Título | Condomínios de luxo investem no controle da transmissão sonora
Fonte | Jornal A Tarde, Salvador/BA – 03/02/13
Autora |  Raíza Tourinho
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A grande demanda por novas construções acarretou moradias cada vez mais reduzidas, com paredes  finas e materiais  menos acústicos, não importa o valor do imóvel. Esta é a hipótese defendida pelo antropólogo Roberto Albergaria para  justificar o  incômodo sonoro causado pelas vizinhanças soteropolitanas. “Além disso, a cidade não era ‘tapada’ pelos edifícios. Dava para ouvir o barulho do mar de longe”, conta.
 
Embora ainda timidamente, o mercado imobiliário começa a dar sinais de  sintonia com a crescente  demanda por sossego e de que pretende reverter este quadro. Os residenciais mais novos  estão implantando estúdios apropriados para os jovens tocarem seus instrumentos, além de proverem os salões de festas com isolamento acústico, segundo o   engenheiro da Sonar  Olavo Fonseca Filho. Mas essas medidas ainda  são insuficientes.
 
Tendência – Ainda concentrada em casos isolados, a tendência é que a preocupação acústica seja alvo definitivo dos empreendimentos  futuros. Em vigor desde 2009, a Norma de Desempenho para Edificações (NBR 15.575) estabelece algumas regras acústicas para as construções.

Regida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a norma determina que deve ser considerada a transmissão sonora de um ambiente para outro. Há critérios tanto para ruído de impacto em piso como para ruído aéreo entre as unidades.
 
“Qualquer edificação a ser construída deve contar com um consultor acústico.  Quando se está na fase do projeto, aumentar o conforto acústico é bem mais barato e perfeitamente viável”, afirma Fonseca Filho. “É  um mercado em expansão”, assinala o antropólogo Albergaria.