A importância da prevenção e combate à surdez. Conheça as causas e prevenções

Os efeitos nocivos da poluição sonora são um dos principais riscos da perda auditiva por exposição ao ruído. E, como símbolo de luta pela educação, conscientização e prevenção para os problemas advindos da surdez junto à população brasileira foi instituído, em 2017, a data de 10 de novembro como comemorativa ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez.

No Brasil há hoje, aproximadamente, 5,8 milhões de pessoas com algum grau de surdez pelas mais diversas causas, muitas delas que podem ser combatidas. Por isso, a importância da prevenção.

No caso dos riscos ocupacionais – acidentes aos quais trabalhadores estão sujeitos em um ambiente de trabalho – , segundo estudos, esses estão associados a ruídos, vibrações, gases, vapores, iluminação inadequada, presença de máquinas, calor, dentre várias outras possibilidades. Quanto a  ruídos e vibrações, a perda é lenta e geralmente não leva à surdez total, mas ocorre uma redução significativa e irreversível da capacidade auditiva.

Os ouvidos toleram sem desconforto até 80 decibéis mas, a partir de 65, o organismo já está propenso a um estresse gradativo. Nos horários de rush, nas grandes cidades, a faixa dos 100 decibéis é facilmente ultrapassada nas ruas. A exposição a tais índices de ruídos pode levar à perda de audição temporária, que normalmente provoca a sensação de ouvido tampado ou zumbido. E, a longo prazo, essa perda temporária pode levar ao comprometimento do aparelho auditivo.

Causas de surdez e tratamentos

+ Acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias;

+ A surdez de cóclea ou nervo auditivo é desencadeada por viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (perda da audição provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento, de acordo com cada caso, é feito com medicamentos, cirurgias, uso de aparelho.

Outros fatores


+ Casos de surdez na família;
+ Nascimento prematuro;
+ Baixo peso ao nascer;
+ Uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário;
+ Infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola.

Prevenções

+ Nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nas crianças. Por isso, faz-se necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
+ Teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos que permite verificar a presença de anormalidades auditivas;
+ Cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois, se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
+ Atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
+ Uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
+ Acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.