Relator do Grupo de Trabalho de Acústica apresenta proposta de revisão dos requisitos da NBR 15575

Em meados de novembro, o vice-presidente de Atividades Técnicas da ProAcústica, Marcos Holtz, apresentou no Instituto de Engenharia, em São Paulo, a primeira proposta do Grupo de Especialistas sobre as mudanças nos requisitos de acústica para a ABNT NBR 15575 Norma de Desempenho. As sugestões são do Grupo de Trabalho da ABNT que trabalha no âmbito da Comissão de Estudo de Revisão (ABNT/CE-002:136.001).

O vice-presidente de Atividades Técnicas da ProAcústica, Marcos Holtz, apresentou em meados de novembro, no Instituto de Engenharia, em São Paulo, a primeira proposta do Grupo de Especialistas sobre as mudanças nos requisitos de acústica para a Norma de Desempenho ABNT NBR 15575 – Edificações Habitacionais. As sugestões foram expostas em uma apresentação de cerca de uma hora, seguidas de perguntas aos interessados e ao Grupo de Trabalho (GT) da ABNT que trabalha no âmbito da Comissão de Estudo de Revisão (ABNT/CE-002:136.001).

Holtz, como relator do Grupo de Trabalho de Acústica, enalteceu as vantagens que os especialistas tiveram em relação aos demais grupos. Segundo ele, não foi necessário criar novos métodos, mas apenas validar os presentes na primeira versão da norma. “Isso ocorreu devido aos critérios terem sido muito bem escolhidos no começo. Os requisitos da norma são os mesmos utilizados no mundo inteiro. Por isso, na questão da acústica, a norma parte de uma fundação muito sólida, onde tivemos que apenas modelar pontos específicos”.

A palestra se baseou na apresentação dos métodos e critérios atuais da norma e nas propostas de revisão. Nas propostas de mudanças, Holtz mostrou as correções, novas classificações e esclarecimentos de pontos nebulosos. Entre elas, a atualização de famílias de normas utilizadas que não existem mais, como é o caso da ISO 140-4, ISSO 717-1, NBR 10052 que foram substituídas pela NBR ISO 16283-1. Entre outras normas que estão em processo de tradução e consulta nacional e serão atualizadas em breve.

Outra questão de destaque trazida por Holtz foi sobre a análise de desempenho acústico de apartamentos-estúdios e o hall que os separa. Segundo o grupo de trabalho, esse aspecto precisa ser melhor definido na norma. “O texto não define se esses espaços são considerados dormitórios ou não, já que são apartamentos sem divisórias onde o quarto se junta à cozinha e outros ambientes”, explicou Holtz.

Além disso, as propostas do GT trazem uma mudança na classificação de desempenho acústico, que passaria de 3 classes para 4, definidas em escala de cores. O mínimo seria a classe D; o intermediário definido nas classes C e B; e o superior na classe A. Essas classes variam de 4 em 4 dB pois esta é a variação mínima necessária para que se perceba audivelmente uma mudança na pressão sonora. Esse sistema poderia ser harmonizado com outros requisitos, como térmico e lumínico.

O Grupo de Trabalho de Acústica é formado por Juan Pierrard e Davi Akkerman, representando a ProAcústica, e especialistas do IPT, Sobrac, UFSM e Unisinos. A Reunião Geral de revisão da norma contou, também, com a apresentação de Grupos de Trabalho de desempenho Lumínico e Térmico. Fábio Villas Bôas, Coordenador da Comissão de Estudos, e Luiz Henrique Manetti, secretário, foram os responsáveis pela abertura e encerramento do evento.