Soluções acústicas para o escritório do Banco BTG Pactual, em São Paulo
Projeto considerou área de escritórios e mesa de operações, além de distintos ambientes como o auditório e refeitório, e propôs soluções acústicas para os diferentes usos.
Entre as principais necessidades do escritório do BTG Pactual, banco de investimentos com atuação
nas áreas de Asset Management, Wealth Management e Investment Bank, na avenida
Faria Lima, em São Paulo, a privacidade
foi a preocupação mais importante do projeto acústico.
Com 12.700 m², distribuídos em quatro andares, além dos escritórios e mesa de operações, ambientes como o auditório e refeitório também requeriam soluções adequadas. De acordo com
Marcos Holtz, sócio diretor da consultoria Harmonia Davi Akkerman + Holtz, para cada situação era necessário oferecer diferentes soluções em acústica. Nas áreas de escritório panorâmico, por exemplo, foi especificado um forro acústico de alta absorção (alpha w superior a 0.90) e o controle do ruído de fundo ficou entre 44 e 48 dBA, a fim de oferecer uma boa condição de privacidade.
Na Arena, uma área voltada à mesa de operação, onde trabalham profissionais sob alto nível de stress e onde a comunicação verbal é muito importante, a análise da qualidade da comunicação levou em conta o controle da reverberação.
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Já no auditório a demanda era o baixo ruído de fundo, reverberação controlada e geometria adequada. “Para obtenção de baixo ruído de fundo o projeto previu controle das fontes, no caso os equipamentos, além da recomendação do uso de portas acústicas e antecâmaras nos acessos”, explica Holtz. O controle da reverberação foi resolvido com a especificação de forro acústico de alta absorção (alpha w superior a 0.90) e com a intervenção na geometria do ambiente por meio de baffles, o que permitiu a eliminação de reflexões atrasadas, que deteriorariam a inteligibilidade comunicação no auditório.
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Para o refeitório, a solução foi adoção de laje com forração de espuma acústica incombustível escamoteada, além de forros acústicos alta absorção com mini baffles, produzidos com chapa metálica perfurada e preenchidos com lã mineral.
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Holtz destaca que neste projeto muitas soluções foram customizadas. “Propusemos soluções específicas, que não são produtos de linha dos fabricantes. Por isso, foi necessário testar protótipos para nos ajudar a definir as melhores maneiras de obter o resultado desejado. O protótipo das salas foi utilizado, inclusive, para medir o desempenho acústico de diversos tipos de divisórias e verificar quais atendiam aos níveis especificados em projeto”, ressalta Holtz.
Além disso, o projeto lançou mão do septo acústico, elemento vertical estanque, localizado no entreforro, que previne a transmissão sonora pela parte superior das paredes. Como o sistema de ar condicionado dos ambientes era o plenum, utilizou-se a chicane acústica com material fonoabsorvente na parte interna do duto, o que permitiu o retorno do ar sem prejuízo do isolamento acústico. Ao mesmo tempo, dentro dos dutos foi empregado também o atenuador de ruídos para mitigar os ruídos transmitidos nos dutos de ar e tratadas as frestas septo, com espessuras da ordem de 1mm, um dos principais problemas acústicos na execução de paredes, já que podem diminuir o desempenho acústico em 10dB ou mais.
Para o isolamento acústico de equipamentos partiu-se do nível máximo de ruído para cada um com utilização de sistemas antivibratórios desenvolvidos com apoios de elastômeros ou molas, dependendo do tipo de equipamento e da frequência em que funcionam.